sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Crônica de uma tarde sóbria

Falávamos de nossas aventuras memoráveis, de porres homéricos, das inúmeras vezes em que vimos a cara da morte e de quanto ela era viva.
Falávamos também das incontáveis vezes que íamos procurar empregos. De como era foda a vida de trabalhador assalariado.
Ríamos bastante de cada lembranças nostálgicas que eram nossas aventuras quixotescas. Enquanto a garrafa de refrigerante ia pelo final.

Victor então falou-me:

- Foram tempos inesquecíveis que nunca mais vão voltar...

Enquanto ouvia eu enxugava as lágrimas dos risos, olhando os raios de sol sumindo por detrás das nuvens daquele final de tarde sóbria.

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