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sábado, 20 de outubro de 2018

Conheça a Editora Itacaiúnas



A Editora Itacaiúnas, fundada no ano de 2014, é voltada principalmente para publicação de livros, prestação de serviços editoriais e gráficos. Nosso foco editorial prioriza publicações de autores que tenham como base teórica uma abordagem interdisciplinar, voltada para as questões das áreas das ciências humanas, tecnológicas e ambientais. 
Missão
Prestar serviços e oferecer produtos destinados a atender às demandas de seus clientes com qualidade, comprometimento, respeito, confiabilidade e agilidade para sanar dúvidas. Além de promover eventos que valorizem a cultura e a arte nacional através de seletivas e concursos para compor a publicação de títulos inéditos.
VisãoSer uma opção viável, inovadora e acessível a todas as pessoas que desejam publicar, divulgar e comercializar os seus trabalhos acadêmicos, literários, técnicos e etc com suporte impresso e/ou virtual.
ValoresCompromisso, ética, dedicação, confiabilidade, inovação e respeito.
Conselho editorial
Contamos com Conselho Editorial formado por doutores e mestres atuantes em diferentes Instituições de Ensino Superior do Brasil e do mundo.
Sobre a palavra/ nome itacaiúnas
Itacaiúnas é um rio brasileiro, que nasce no estado do Pará na Serra da Seringa no município de Água Azul do Norte, e é formado pela junção de dois rios, o Rio da Água Preta e o Rio Azul. Desemboca na margem esquerda do Rio Tocantins, na sede da cidade de Marabá.


Para conhecer nosso trabalho basta acessar:
http://www.editoraitacaiunas.com.br


quinta-feira, 5 de setembro de 2013

30 dias em São Paulo - dia 30


04/09/2013 – TRIGÉSIMO DIA – Kamila havia conseguido com seu amigo da portaria dos blocos do CRUSP dois ingressos para assistir uma peça de teatro no Centro Cultural Banco do Brasil. Minha programação para o dia de hoje constava apenas visitar os sebos e livrarias do centro e depois organizar algumas coisas para a viagem de retorno a Belém do Pará. Mas minha camarada resolveu acrescentar esse maravilhoso detalhe a minha programação.
Encontrei com Kamila por volta das 11h00 da manhã na Estação da Sé. Eu já estava rondando os sebos e livrarias das redondezas desde as 9h00. Acontece que minha camarada estava querendo fazer umas compras na Rua 25 de março e redondezas. E de certa forma eu queria sentir um pouco do movimento daquele local.
E assim ficamos por ali entrando e saindo de loja. Por volta das 18h00 as portas das lojas começaram a se fechar e o movimento de mercadorias e pessoas começou a enfraquecer. Deixamos a 25 e subimos em direção a Catedral da Sé para merendarmos alguma coisa ali por perto antes do início da peça que eu já não estava mais tão disposto a assistir devido ao cansaço físico. No entanto, a camarada Kamila estava irresoluta.
Já era noite plena quando a peça começou.
Dirigida e coordenada por Pedro Granato e interpretada por Luís Mármora, Pedro Felício e Ernani Sanchez a peça “Quanto custa?” contava com textos inéditos no Brasil de Bertolt Brecht e surpreendia-nos com sua originalidade, efeitos visuais e interpretação.
“O enredo narra o cotidiano de três comerciantes, vizinhos e convivem harmoniosamente em uma pequena rua, até que sua rotina é interrompida pela notícia de um cruel assassinato”.  (Extraído do folder de divulgação do espetáculo).
Meu trigésimo dia em São Paulo não poderia terminar melhor.

Deixamos por volta das 21h00 o imponente prédio do Centro Cultural Banco do Brasil e seguimos para a Estação da Sé. 

Texto: Walter Rodrigues.
Referência utilizada: folder de divulgação do espetáculo "Quanto custa?"

Esta postagem faz parte dos relatos das experiências de um estudante paraense em São Paulo em ocasião de um intercâmbio feito entre os cursos de Geografia da UFPA/Belém e o curso de Geografia da USP/Butantã. As postagens serão equivalentes aos dias vivenciados, como numa espécie de diário de bordo. Os textos se propõem a ser sintéticos e informativos. Dessa forma, objetivamos gerar resultados e informação sobre essa interessante modalidade de aprendizado partindo da percepção do estudante sobre o novo mundo que se desvenda diante de seus sentidos diariamente. No total serão 30 dias em São Paulo, morando no Condomínio Residencial da USP, o CRUSP. 
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terça-feira, 3 de setembro de 2013

30 dias em São Paulo - Dia 29


03/09/2013 – VIGÉSIMO NONO DIA – O dia amanheceu nublado hoje. Uma chuva caiu. O clima não estava tão frio quanto imaginei que estaria. Lembrei-me de Belém e de seus longos períodos de céu cinza e chuvas volumosas. Encontrei-me com Kamila e apanhamos o metrô na Estação Cidade Universitária em direção a Estação Santana. Mais uma trabalho de campo organizado pela professora Márcia Pimentel. Agora nosso objetivo seria a Serra da Cantareira. Objetivo frustrado no portão de entrada. Visitações públicas somente nos finais de semanas ou com agendamento prévio.
Mas nada estava perdido. Ali próximo estava o Horto Florestal e para lá nos dirigimos. Um espaço repleto de verde, onde famílias faziam seus pic-nics nos finais de semana. Espaço criado para proteger um pouco da fauna e da flora de São Paulo do avanço voraz da urbanização e para recreação e lazer da população que buscava um pouco de verde em meio a esta cidade densamente construída. Algumas pessoas faziam caminhadas, exercícios físicos. No meio de árvores diversas e afloramentos rochosos do pré-cambriano era possível visualizar, bem próximos, patos, marrecos, esquilos, macacos, capivaras que se exibiam muito a vontade diante do público que ali estava.

Após explicações da professora Márcia sobre a geomorfologia e biogeografia da área do Horto e do entorno da Serra da Cantareira, seguimos para almoçar na casa de sua mãe.
Pela parte da tarde, a professora Márcia, nos levou para conhecer a Vila Brasilândia e as áreas de ocupações espontâneas das proximidades. Estávamos na zona norte, nos limites da capital do estado. Uma urbanização precária avançava sobre a serra de maneira decisiva, imprimindo nas vertentes uma coloração marrom dos tijolos, que se misturam com a vegetação verdinha da serra. A professora Márcia nos explicou que o geógrafo Aziz Ab’Sáber denominou aquela forma de ocupação como “anfiteatro”.

Em seguida voltamos para casa da mãe da professora Márcia e tomamos um café e dialogamos sobre nossas impressões do campo feito entre outras coisas. O dia foi bastante agradável e já com a noite a professora Márcia nos deixou na estação Santana e voltamos para a USP. 

Texto e fotos: Walter Rodrigues.

Esta postagem faz parte dos relatos das experiências de um estudante paraense em São Paulo em ocasião de um intercâmbio feito entre os cursos de Geografia da UFPA/Belém e o curso de Geografia da USP/Butantã. As postagens serão equivalentes aos dias vivenciados, como numa espécie de diário de bordo. Os textos se propõem a ser sintéticos e informativos. Dessa forma, objetivamos gerar resultados e informação sobre essa interessante modalidade de aprendizado partindo da percepção do estudante sobre o novo mundo que se desvenda diante de seus sentidos diariamente. No total serão 30 dias em São Paulo, morando no Condomínio Residencial da USP, o CRUSP. 
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segunda-feira, 2 de setembro de 2013

30 dias em São Paulo - Dia 28


02/09/2013 – VIGÉSIMO OITAVO DIA – Como eu estava prevendo, a USP está vazia nessa minha última semana aqui. Por sorte, as coisas estão funcionando. Hoje resolvi visitar o arquivo do Núcleo de Apoio à Pesquisa sobre Populações Humanas em Áreas Úmidas Brasileiras – NUPAUB. O NUPAUB é um centro interdisciplinar de pesquisa ligado à Pró-Reitoria de Pesquisa da Universidade de São Paulo e foi criado em 1988 (inicialmente um Programa de Pesquisa) para estudar as relações entre populações humanas e áreas periodicamente inundáveis do Brasil.
O arquivo foi-me apresentado pelo Prof. Dr. Antonio Carlos Diegues. Conhecido pesquisador de assuntos relacionados a populações tradicionais e seus saberes. De uma simplicidade e atenciosidade singular para acadêmicos de seu calibre, o professor Diegues, perguntou-me a área que eu estava interessado e me falou que era justamente sobre esse assunto que ele estava conversando em uma reunião ainda pouco. Falou de seu trabalho, mostrou-me alguns títulos de trabalhos seus, lamentou o fato do governo ainda ver conhecimentos tradicionais como algo apenas relacionado ao folclore. Depois me indicou os arquivos onde estavam alguns trabalhos sobre o assunto que eu fui atrás: Saberes Tradicionais e Unidades de Conservação. Também sugeriu que eu acessasse o site do Núcleo, pois lá havia bastante material sobre. O link para site é esse aqui http://nupaub.fflch.usp.br/acervo
Fiquei durante algumas horas pesquisando trabalhos científicos ali. O professor antes de sair veio até a sala onde eu estava lendo e perguntou se o arquivo estava me ajudando. Eu disse que estava. Então me mostrou umas pastas com trabalhos sobre Unidades de Conservação e Patrimônio Cultural. E despediu-se dizendo que no dia seguinte ele estaria lá novamente se eu precisasse.
Gostei muito de conhecer o professor Diegues. Talvez por ele não fazer questão de ostentar conhecimento e por sua naturalidade e atenção dadas às pessoas que buscam aprender.

No mais, o dia foi quente ao ponto de pela primeira vez eu transpirar aqui. Mas uma nova frente fria promete baixar novamente a temperatura a partir de amanhã.

Texto e foto: Walter Rodrigues.

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domingo, 1 de setembro de 2013

30 dias em São Paulo - Dias 26 e 27


31/08/2013 e 01/09/2013 – VIGÉSIMO SEXTO E VIGÉSIMO SÉTIMO DIA – Mais um final de semana vivenciado. O último nessa missão. Resolvo visitar uma exposição na Estação da Sé. A exposição trás como tema a evolução do comércio paulista e as mudanças que o mesmo imprimiu na paisagem paulista. O deslocamento do centro comercial de São Paulo para as Marginais Pinheiros e Tietê. Muitas fotos da época, anúncios, mapas que reforçavam o conteúdo textual expostos em painéis logo na entrada da estação. Mais sobre a exposição vocês poderão ler no site   http://www.historiaevolucaodocomercio.com.br.
 Dali eu apanhei outro metrô e desci na Estação da Luz, onde desembarquei e sair para visualizar a oponente fachada em estilo dórico-italiano da estação. Bem de frente a estação estava o Parque da Luz. Os muitos ônibus de excursão turística que estavam estacionados por ali eram os responsáveis maiores de todo aquele movimento no Parque. O que me chamou bastante atenção ali, primeiramente, foi a imensa área verde e um lago artificial que tinha seu subterrâneo atravessado de uma ponta outra por um corredor de onde era possível vermos os peixes através de janelas de vidros. Também foi bastante emocionante observar no Parque da Luz as esculturas de artistas como Lasar Segall e Victor Brecheret.

Carregadora de Perfume - Victor Brecheret
 Um prédio público chamou minha atenção assim que sair do parque. Era o prédio da Estação Júlio Prestes. Outra fachada igualmente deslumbrando tal como a da Estação da Luz. Mas o que mais me sensibilizou ali foi a quantidade absurda de moradores de rua que se concentravam na Praça Júlio Prestes, que fica de frente da estação. Na Estação Júlio Prestes fica a Sala São Paulo.
Enquanto pessoas muito bem vestidas desciam de seus carros luxuosos no estacionamento da Sala São Paulo; outras pessoas estavam jogadas pelo chão, tentando se agasalhar debaixo de lonas ou simplesmente sentadas pelos bancos da Praça Júlio Prestes puxando conversas entre si, bebendo, fumando e etc. Ignorante do que se passava na Sala São Paulo, eu resolvi entrar jugando tratar-se de mais um dos inúmeros museus que São Paulo abriga. Para minha total surpresa ali se apresentaria naquele dia a Orquestra Sinfônica do Estado de São Paulo, a OSESP.
- Nossos ingressos já estão esgotados – informou-me o atendente. – O senhor está acompanhado?
Respondi que não.
- Então entre com esta cortesia – informou-me ele repassando-me o ingresso que trazia impresso um total de R$ 86, 00.
Certamente, dinheiro para esta soma, naquela minha atual situação, era inviável. Entrei e ainda pude assisti duas apresentações maravilhosas. O “Concerto nº 1 para Piano em Dó Menor. Op. 35” de Shostakovki e a “Sinfonia nº 2 em Ré Menor. Op. 40” de Prokofiev. Ambas sob a regência de Marin Asolp.
Ao final de tudo saio com uma leveza imensa na alma. Todos deveriam apreciar música clássica. E ao pensar desse modo lembro-me novamente do preço do meu ingresso-cortesia, lembro-me do título no final da programação daquela semana de música “Música Clássica Para Todos” e penso naqueles todos que estavam do lado de fora que jamais poderiam entrar naquele local. A sensação de enjoo me atinge com força ao se abordado na saída do espetáculo por uma moradora de rua pedindo uma moeda em um desespero inexplicável.

Domingo no CRUSP
Meu último domingo, nessa missão aqui em Sampa, eu passei no CRUSP. Resolvi trabalhar um pouco e descansar. Estava sem ânimo para sair. Essa semana que vai entrar não haverá aula na USP. Muitos alunos passam pelo corredor dos blocos puxando malas e carregando mochilas. Vão viajar. Aproveitar o tempo livre. Esse condomínio de estudantes e a própria USP vão ficar desertos.

Texto e fotos: Walter Rodrigues.

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sexta-feira, 30 de agosto de 2013

30 dias em São Paulo - Dia 25


30/08/2013 – VIGÉSIMO QUINTO DIA – Sexta-feira e não houve muito que fazer por aqui hoje. Pela noite houve uma palestra no auditório de História na FFLCH sobre os motivos do fim da ex-URSS. A palestra não me envolveu. Assisti e voltei para CRUSP. Mais um final de semana às portas. Penso que os dias deveriam começar a passar mais depressa. Hoje não fez tanto frio.

Texto e foto: Walter Rodrigues.

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quinta-feira, 29 de agosto de 2013

30 dias em São Paulo - Dia 24


29/08/2013 – VIGÉSIMO QUARTO DIA – Mais um dia de frio. Levantei às 7 da manhã e desci para tomar café no Bandejão Central. 60 centavos o tíquete que nos dar direito a um pão francês, uma fruta e uma xícara de café com leite, chocolate quente ou chá. Volto para o apartamento do CRUSP e me arrumo para sair. Era preciso adianta umas anotações e pesquisar outras coisas na internet. Assim vou a procura da biblioteca da ECA e ali inicio meus estudos. As horas passam tão depressa e quando percebo já são 3 horas da tarde e meu trabalho ainda precisa ser finalizado. Resolvo aguentar mais um pouco e esperar até o horário da janta. O trabalho fica bem adiantado, mas não finalizado. O resfriado ainda insiste. Os dias estão passando bem depressa. 24 dias em Sampa. Nossa missão está quase chegando fim. 

Texto e foto: Walter Rodrigues.

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quarta-feira, 28 de agosto de 2013

30 dias em São Paulo - Dia 23


28/08/2013 – VIGÉSIMO TERCEIRO DIA – Como o planejado no dia anterior, nos encontramos com a professora Márcia Pimentel na escadaria da Catedral da Sé por volta das 11 horas da manhã. Os discentes, da Pós-graduação da Geografia da UFPA em missão PROCAD na Geografia da USP, estavam presentes. Elcivânia, Cleisson e Figueiredo. Somente Kamila, discente da graduação em missão PROCAD, não pôde comparecer devido problemas de saúde.
Mais um trabalho de campo com a Profª. Drª. Márcia Pimentel da Faculdade de Geografia da UFPA, pela missão PROCAD-Casadinho UFPA/USP.
A professora Márcia explica o roteiro que o nosso grupo desenvolverá começando pela história da cidade de São Paulo, sua expansão urbana e as características geomorfológicas da área entre outras explicações correlacionadas.  
Deixamos o Largo da Sé e nos encaminhamos para o Pátio do Colégio, lugar onde nasceu a cidade de São Paulo. Em seguida, bem próximo dali, fomos conhecer o solar da Marquesa de Santos, famosa por ser amante do Imperador D. Pedro II e que marcou seu nome na história do Brasil como uma mulher de muita influência política. Ali, observamos as cartas amorosas que D. Pedro II trocava com a Marquesa e muitos objetos da época como cama, piano, retrete e etc.



Dali a professora Márcia nos explicou que estávamos sobre um platô e que ao descermos em direção a 25 de março estaríamos numa área de várzea. Dizia-nos a professora que a cidade de São Paulo se constituiu sobre o platô, depois foi se expandindo, ocupando a várzea.
Seguindo os passos da professora Márcia, muito conhecedora de sua cidade, paramos e almoçamos num restaurante de cozinha a árabe.
Depois do almoço, nossa excussão pelo centro de Sampa, prosseguiu até a Galeria Pagé. Entramos preocupados com a quantidade de pessoas ali e observamos um comércio efervescente. Diversos produtos eletrônicos e serviços nesse sentido a preços bastante tentadores. Pessoas comprando de caixas e caixas de mercadorias. De volta às ruas, numa dobrada, avistamos a arquitetura oponente do Mercado Municipal, que a professora Márcia chamava de Mercadão. Ali entramos para observar. Numa das saídas, a professora parou e nos explicou mais uma vez a situação de várzea daquela área e que durante muito tempo a mesma era imprópria para moradia. No entanto, com os avanços das obras de engenharia, a área urbanizou-se.
Próxima ao Mercado Municipal, a famosa Rua 25 de março. Subimos por ela tentando escapar dos inúmeros vendedores ambulantes que ocupam as calçadas. Tarefa não muito fácil, pois as abordagens eram bastante decisivas. Eu imaginava de onde vinham aquelas pessoas tão desesperadas para vender e como elas conseguiam se manter naquela cidade de custo de vida tão elevado. Foi quando a professora Márcia dobrou numa rua transversal a 25 de março. Na verdade tratava-se de uma ladeira, a Ladeira da Constituição. Ladeira por demais íngreme que nos fez sentir os joelhos e respirar ofegantes ao final.
Já recuperados andamos alguns metros e nos deparamos com a Catedral de São Bento. A professora Márcia nos explicou que ali o Papa João Paulo II ficou hospedado em uma visita feita a São Paulo. Dali, seguimos na mesma rua da Catedral e olhamos, do viaduto Santa Efigênia, o trânsito congestionado no sentido norte da cidade. No viaduto havia alguns artistas de ruas batalhando um trocado.
Retornamos no sentido da Catedral de São Bento e avançamos em direção a rua São Bento. Nosso objetivo agora era ver a cidade de São Paulo dos 161,22 metros de altura do edifício Altino Arantes mais conhecido com Prédio do Banespa. E assim fizemos após um longo tempo na fila. A vista era deslumbrante, podíamos ver os locais que tínhamos visitado anteriormente e mais a Serra da Cantareira que mais parecia um imenso muro a proteger a cidade. Cinco minutos cronometrado pela funcionária do prédio. Tempo bastante reduzido para explicações e reflexões sobre o percebido.
Dali, continuamos nosso percurso até o Largo do Café, ainda na rua São Bento.  Paramos para tomar um café com bolo. Depois seguimos até a Praça do Patriarca, vimos a Prefeitura Municipal de São Paulo, olhamos o Vale do Anhangabaú e o Teatro Municipal de cima do viaduto do Chá. Ouvimos mais explicações sobre o conjunto paisagístico pela professora Márcia e depois seguimos em direção a Faculdade de Direito.
A fachada da Faculdade de Direito é bastante rica em detalhes. Nos passa uma sensação de imponência. Ali estudaram muitas figuras históricas importantes como Rui Barbosa e o poeta ultrarromântico Álvares de Azevedo.
Havia mais um lugar onde a professora Márcia queria nos levar. Era o centro comercial dos japoneses conhecido como Liberdade. E para lá seguimos.
O dia estava chegando o fim e os estabelecimentos comerciais estavam todos fechando. Havia muito ambulantes pelas calçadas ali. Uma mulher, que mal falava o nosso idioma, com seu bebê no colo, estava sentada sobre uma manta estendida no chão vendendo alguns produtos.
Em seguida, seguimos para Estação Liberdade. Era o fim de nosso trabalho de campo com a professora Márcia Pimentel.

As impressões do centro da cidade foram bastante marcantes. A condição humana objetivada. A simplificação do viver na cidade parecia ser unicamente ganhar dinheiro para sobreviver. O vazio de nossas vidas preenchidas por essa ilusão do consumismo que consumia o melhor de nossas vidas. A desigualdade tão brutal e imensa quanto o tamanho dessa metrópole. Meus ouvidos estão estourando ao som surdo desses gritos desesperados que essas ruas emanam. No apanhar do metro meus sentidos tentam se estabilizar. Pois não faz sentido chorar quando a realidade é infinitamente superior à dor.

 Texto e fotos: Walter Rodrigues.

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terça-feira, 27 de agosto de 2013

30 dias em São Paulo - Dia 22


27/08/2013 – VIGÉSIMO SEGUNDO DIA – Como já era dito. O frio voltou com tudo. 12 graus. E eu sair de bermuda e sandália. Reunião com a professora Márcia no prédio da Geografia. Reunimos (Pibic e Pós-graduação) com ela por volta das 14 horas próximo a lanchonete da FFLCH e acertamos um trabalho de campo no Centro de São Paulo para amanhã a partir das 11 horas. Lugar de encontro: enfrente da Igreja da Sé. No mais, tirei o resto do dia para organizar algumas coisas minhas.

 (Walter Rodrigues)

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segunda-feira, 26 de agosto de 2013

30 dias em São Paulo - Dia 21


26/08/2013 – VIGÉSIMO PRIMEIRO DIA - Sem programação para hoje. O clima parece que vai mudar novamente. Ouvir dizer que uma frente fria se aproxima. Muitas pessoas estão resfriadas. Estou tentando me recuperar também. Passei boa parte de hoje no meu refúgio de estudos, a biblioteca da ECA. Estou desenvolvendo uma base de dados georreferenciados objetivando resultar um mapa de localização dos principais pontos abordados nessa minha experiência como discente do Pará aqui em São Paulo. Na realidade será uma síntese de tudo que foi escrito e que ainda será em termos de localização espacial dos relatos. Espero poder ser bem sucedido nesse propósito.
 (Walter Rodrigues)

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sábado, 24 de agosto de 2013

30 dias em São Paulo - Dias 19 e 20


24 e 25/08/2013 – DÉCIMO NONO E VIGÉSIMO DIA (FINAL DE SEMANA) - Hoje pegamos a Marginal Pinheiros, subimos até a Marginal Tietê e em seguida chegamos na Rodovia Presidente Dutra. Nosso destino: o município de Campos do Jordão. Embora o resfriado tivesse me apanhado de jeito naquela brusca mudança de clima em Sampa, havia uma missão a ser cumprida. Um trabalho de campo sob a coordenação da Prof.ª Dr.ª Márcia Pimentel, da Faculdade de Geografia da UFPA, pela missão PROCAD/Casadinho.
O município de Campos do Jordão fica há 167 km da capital São Paulo numa altitude de aproximadamente 1628m acima do nível do mar, mais especificamente na Serra da Mantiqueira, no médio Vale do Paraíba. É considerado o município brasileiro mais alto. Observação esta que nossos ouvidos rapidamente interpretaram ao entupirem na subida. Mas antes de chegarmos ao nosso destino, outras cidades do estado de São Paulo foram passando diante de nossas janelas. Assim, sem percebermos que saíamos de São Paulo, já estávamos dentro da cidade de Guarulhos.
A paisagem vai se modificando ao avançarmos a Dutra. Já não vemos tantos edifícios e as ocupações espontâneas de casas de até dois andares são observadas deitadas sobre os morros. Fábricas aqui e ali. Postos de gasolina e churrascarias. Pedágios que pareciam nunca terminar justificavam a qualidade da rodovia. Assim passaram as placas indicando as cidades de Arujá, Chácara Reunidas, São José dos Campos, Caçapava entre outras.
Fazendo a manobra em um trevo, deixamos a Dutra e seguimos para principal via de acesso a Campos do Jordão, a Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro.
À medida que subíamos, víamos cidades próximas como se estivéssemos as vendo da janela de um avião numa decolagem. Não demorou para ficarmos acima das nuvens. E quando tentávamos olhar para baixo víamos apenas nuvens grandes e densas que se estendiam até as encostas das cadeias montanhosas. Era como se estivéssemos voando para além de toda aquela realidade de concreto, ferro, trânsito, asfalto, metros que Sampa nos apresenta diariamente.
Logo na entrada da cidade um pórtico de madeira com o nome “Campos do Jordão” inscrito. Enfim estávamos ali.

A vegetação de Campos do Jordão é caracterizada por vegetação de mata e vegetação campestre. Sobressaí a Floresta Ombrófila Mista, também conhecida como mata-de-araucária, que é a vegetação que mais se destaca na Serra da Mantiqueira. Sendo essa vegetação bastante notável em Campos do Jordão, a árvore araucária é o símbolo da cidade. Embora muito presente na paisagem da cidade, a araucária é uma espécie exótica, introduzida pelo homem, que se adaptou ao clima da Serra Mantiqueira. Diferente da Mata Atlântica que pode ser considerada nativa.

E isso, foi bastante observado no trajeto feito pelo centro da cidade até o Parque Estadual de Campos do Jordão, também conhecido como Horto Florestal. A professora Márcia escolheu a Trilha da Cachoeira, e seguimos por ela numa caminhada de 4.7 km observando e aprendendo mais sobre a vegetação local. Em seguida foi feito um pic-nic numa área reservada para isso no Parque e comemos uma deliciosa torta feita pela professora.
Depois saímos para passear pela área urbana da cidade. O estilo arquitetônico das casas de Campos do Jordão lembra bastante o estilo das casas da Suíça. Não é à toa que a cidade também é chamada de “Suíça brasileira”. Andamos por ali por cerca de uma hora observando o espaço. Sabíamos de antemão que aquele espaço era consumido e pensado para os turistas. O fluxo de pessoas e automóveis era intenso e, diferente do que Kamila e eu havíamos imaginado, não estava nem um pouco frio ali. Um sol de 30 graus fazia meu rosto arder fazendo-me forçar mais e mais o boné na cabeça.
Dali, voltamos para o carro da professora e depois de alguns minutos estávamos na Rodovia Floriano Rodrigues Pinheiro. 
No entanto, havia mais uma atração antes de chegarmos a Sampa. Um mirante, conhecido como Visão da Chinesa, que nos permitia observar todo o vale do Lageado numa visão de tirar o ar. O vale seguia até encontrar no horizonte as cadeias montanhosas. O que sentíamos era uma profunda sensação de paz e plenitude. A paisagem era deslumbrante.  Em seguida, retornamos ao carro e descemos a serra em direção a Sampa. 



Domingo – Parque Ibirapuera


Ficar no CRUSP aos domingos é muito monótono e solitário. Todo mundo sai e o movimento em todo campus Butantã é desértico. Minha camarada de passeios estava meio mal e preferiu ficar deitada. Decidi que precisava conhecer o Parque Ibirapuera. Assim foi feito logo após o almoço.
Descendo do metro na Av. Paulista e caminhando por algum tempo você consegue chegar ao Parque Ibirapuera. Fazia calor e o resfriado ainda estava molestando um pouco meu organismo. O ar estava seco naqueles dias, o que me fez perceber alguma coisa de sangramento no meu nariz. As coisas estavam ficando difíceis. A vontade de voltar para Belém começava a se fazer um fato.
Minhas pernas já estavam cansadas quando consegui entrar no Parque Ibirapuera pelo portão que dá acesso a Av. Pedro Álvares Cabral. O nome Ibirapuera significa “árvore apodrecida” em tupi-guarani e vem de uma aldeia indígena que ocupava a região do Parque quando a área era alagadiça com solo de várzea.
Domingo de sol. Parque lotado. Os reservatórios eram imensos. Suas águas calmas e verdes estavam cheias de peixes e marrecos. O Parque exalava vida e sorrisos. Um espaço de convivência muito interessante. O lugar era bastante acolhedor e cheio de cores. O que reforçava o verde vivo das muitas árvores que podemos encontrar por ali. Famílias inteiras sentadas junto ao reservatório de águas verdes dividiam tortas, frutas, sucos entre outras coisas que saiam de suas sacolas. Namorados se beijando sentado sobre a grama enquanto crianças pedalavam suas bicicletas e adultos caminhavam despreocupados. O céu estava de um azul perfeito e o domingo passava tranquilo agora.
A noite vinha caindo quando um show de jazz e blues começou ao lado do Museu Afro Brasil. O ambiente estava completamente lotado, e havia muitas pessoas sentadas em suas toalhas. Bolos eram comidos, vinhos eram bebidos. Tudo ali. Crianças nos ombros do pai. Cachorros na coleira. A música tocando e todos sutilmente dançando. A noite já vinha caindo e eu precisava voltar. Retornar até Av. Paulista era uma boa caminhada. 

Assim fiz e segui até o metro. Antes me sentei para observar dois fantoches em formato de cachorros dançando sob uma caixa bem na esquina da Av. Paulista com a Rua Augusta. Algumas pessoas paravam para olhar. Ao meu lado, uma jovem bebia uma garrafa de cerveja e apreciava o show daqueles cachorros.
Então eu atravessei a Rua Augusta e desci para apanhar o metro da linha amarela sentido Butantã.

Texto: Walter Rodrigues
Fotos: Kamila Rêgo e Walter Rodrigues


Esta postagem faz parte dos relatos das experiências de um estudante paraense em São Paulo em ocasião de um intercâmbio feito entre os cursos de Geografia da UFPA/Belém e o curso de Geografia da USP/Butantã. As postagens serão equivalentes aos dias vivenciados, como numa espécie de diário de bordo. Os textos se propõem a ser sintéticos e informativos. Dessa forma, objetivamos gerar resultados e informação sobre essa interessante modalidade de aprendizado partindo da percepção do estudante sobre o novo mundo que se desvenda diante de seus sentidos diariamente. No total serão 30 dias em São Paulo, morando no Condomínio Residencial da USP, o CRUSP. 
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Referências
Site da Prefeitura de Campos do Jordão. Disponível em: http://www.camposdojordao.sp.gov.br/portal/ . Acesso em: 27/08/2013.

Site do Parque Ibirapuera. Disponível em: www.parqueibirapuera.org/#. Acesso em: 27/08/2013.


Wikipedia – a enciclopédia livre. Disponível em: http://pt.wikipedia.org/wiki/Campos_do_Jordão. Acesso em: 27/08/2013.