Perpetuada,
tatuada,
marcada a ferro.
Em mim,
só em mim.
Tu caminhas e
teus passos
são letárgicos.
Sobressai e
cai
ardente e
fria.
Ofegante,
disfarço,
mas ardo.
Que faço?
Nutro-me
de teus perfumes.
Como de costume
transmuto-me
para além de mim
encontrando-te.
Rasgo-me
sensitivo,
emotivo.
Tu caminhas e
teus passos
são letárgicos.
Sobre as nuvens
tu vens.
Nas mãos a luz e
as trevas.
Nos olhos a incerteza,
o mistério fascinante.
Tê-la
por um instante
incessante.
Fico contigo
e te digo:
te adoro.
Demoro-me
e o tempo
passa parado.
Calado consumo
o sumo de tua
voz transitória.
Quero partir-me
ao meio e afogar-me
em teu corpo inteiro.
Como o lascivo sol
sobre os seios de Belém.
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