sábado, 10 de janeiro de 2009

: :Grupo de Memória da UFPA lança novos autores


Uma experiência de edição de livro completamente original acaba de ser concluída pelo Grupo de Memória da Engenharia, da Faculdade de Engenharia Civil da UFPA, em parceria com a Associação Cidade Velha – Cidade Viva, CiV-Viva. Esse projeto, que se desenvolveu com a denominação de Escola de Escritores – Oficina, consistiu em selecionar 18 pessoas, com habilidades para a produção de textos, de idades variadas, e, nos mais variados campos de atividades, treiná-las para a colaboração com uma obra de narrativas não ficcionais sobre o bairro mais antigo de Belém, a Cidade Velha, e, por fim, oferecer-lhes suporte para a veiculação de seus trabalhos, como ilustrações fotográficas e desenhos, programação visual e impressão.



Dessa experiência, resultou a obra “Cidade Velha, Cidade Viva”, composta de 38 trabalhos distribuídos em três capítulos relativos: 1) à atualidade da Cidade Velha; 2) ao ambiente do bairro nos anos de 1950 e 1960, reconstituído pelo registro de depoimentos de seus antigos moradores; 3) a fatos ocorridos nos séculos XVII e XVIII, naquela área de Belém. A obra contou com mais de 80 ilustrações produzidas pelos alunos de Fotografia e Desenho da Fundação Curro Velho, que é parceira na iniciativa e ainda ofereceu o Auditório da Casa da Linguagem para as atividades da oficina.



Entre os autores do livro, há alunos das Faculdades de História, Filosofia, Arquitetura, Artes Visuais, Publicidade, Letras; duas professoras; dois jornalistas; um poeta de cordel; uma doutora em Antropologia; uma funcionária dos Correios; um funcionário do Tribunal de Justiça; um técnico em Informática; uma pedagoga e uma atriz. Suas idades variam entre 17 e 77 anos.



Para escreverem seus textos, eles entrevistaram artistas ligados à Cidade Velha, como a pintora Dina Oliveira, a fotógrafa Walda Marques e o pianista e compositor Tynôkko Costa. Conversaram com o físico José Maria Bassalo e com o motorista de táxi que, durante 20 anos, serviu ao poeta Ruy Barata, no período em que ele viveu no bairro.



Entre as ilustrações, há três consideradas muito valiosas. Pertencem aos acervos particulares de moradores antigos e foram cedidas como colaboração ao livro. São três fotos de mais de meio século: uma do porteiro Mudinho, do Cine Guarani e duas do professor de Inglês Klaus Keller. Além disso, por meio da internet, foram obtidas outras raridades: depoimentos sobre antigos personagens de rua da Cidade Velha, dados por ex-moradores do bairro há muito tempo instalados em São Paulo, na Austrália e nos Estados Unidos.



O livro foi editado pelo jornalista e professor Oswaldo Coimbra, responsável pelo Grupo de Memória, ministrante da oficina e condutor dos trabalhos de preparação dos textos e das ilustrações. A impressão foi custeada pela CiV-Viva, com contribuições de empresas do bairro.



Serviço:

O “Cidade Velha, Cidade Viva” será lançado domingo, 11, no Fórum Landi, na Praça do Carmo, às 17h30.

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