Esta postagem faz parte dos relatos das experiências de um estudante paraense em São Paulo em ocasião de um intercâmbio feito entre os cursos de Geografia da UFPA/Belém e o curso de Geografia da USP/Butantã. As postagens serão equivalentes aos dias vivenciados, como numa espécie de diário de bordo. Os textos se propõem a ser sintéticos e informativos. Dessa forma, objetivamos gerar resultados e informação sobre essa interessante modalidade de aprendizado partindo da percepção do estudante sobre o novo mundo que se desvenda diante de seus sentidos diariamente. No total serão 30 dias em São Paulo, morando no Condomínio Residencial da USP, o CRUSP.
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SEGUNDA SEMANA
12/08/2013 – SÉTIMO
DIA - Não houve
palestras para ir nesse dia. Segunda-feira. Resolvi tirar a manhã desse dia
durante a semana para organizar minhas coisas. Finalizada a arrumação, segui
para almoçar no Bandejão Central, que fica dentro do CRUSP. Aqui o povo fala em
ir “bandejar”. Como aluno externo pagamos 6 reais e temos um cartão magnético
com o valor correspondente ao número de refeições que compramos anteriormente
no guichê de venda de tickets. O ambiente do Bandejão Central é espaçoso,
altamente limpo e bem organizado. A comida é boa e há sucos à vontade para
tomar. Feijão, arroz, salada, carne, sobremesa, pãozinho são alguns dos itens
que variam nessa proporção no cardápio desse refeitório.
Por volta das
14 horas, Kamila (bolsista PIBIC da Geografia/UFPA que também está em missão de
estudos aqui) me convida para ir conhecer o Mercado Municipal de São Paulo. E
assim saímos para pegar o metro Butantã no rumo da Estação da Luz. Durante
algum tempo perdido nas informações recebidas dos senhores das bancas de revistas,
conseguimos alcançar o mercado que tanto minha colega queria conhecer. Já era
tarde e o mercado estava fechando, mas deu tempo de conhecermos os pastéis de
mortadela de 17 reais. Achamos caros demais para nossos bolsos e estranhamos a
limpeza e a organização daquele mercado. Acostumados nós estávamos com os
mercados de Belém, geralmente sujos, desorganizados, mas com preços bem baixos.
Era como se nós estivéssemos dentro um shopping-center.
Resolvemos
ganhar as ruas novamente. Pelas calçadas observamos muitos moradores de ruas em
seus papelões se amontando sob as marquises das lojas que se estendiam numerosa
até a Rua 25 de Março, que naquele início de noite esta vazia e soturna.
Seguimos até Avenida Ipiranga em busca de um rodízio. A fome estava grande e, a
visão daqueles pastéis de mortadela, em nada colaborou para aliviar essa
sensação. Encontramos um rodízio de 17 reais e ali jantamos a vontade.
(Walter Rodrigues - bolsista PIBIC/UFPA)