De todos os vestibulares quando
você está dentro da Universidade, o que mais te afeta, sem dúvida, é o
vestibular do seu último ano de curso. Você tem a consciência de que os
calouros que estão entrando cheios de expectativas, sonhos e ilusões; estão
também, lhe convidando para desocupar as cadeiras. É o ciclo natural das
coisas. E você sabe que irá sair com mais perguntas do que respostas. Entenderá
que a Universidade é um universo de possibilidades que poderá ampliar seus
horizontes da mesma forma que poderá limitá-lo em absoluto. Resta saber o que
você está querendo saber. A Universidade tem a presunção de querer “formar”
pessoas. Desejo que a fôrma que a Universidade forma esteja sempre rachada!
Para que ideias e pessoas não possam ser corrompidas e escapem pela rachadura
em busca de infinitos espaços cognitivos. Que a bagagem de conhecimento nunca
se restrinja as aulas e as ideias de nossos “formadores”. Que a Universidade um
dia deixe suas metodologias de ensino pautadas em palavras de ordens como:
Disciplinas e Provas. O prazer do conhecimento sendo medido e regrado por fórmulas
matemáticas e conteúdos direcionados. Resta-me apenas um escarro: nojo! Suspeito
que cada aluno seja um peça para o mercado. Nesse sentido somos realmente “formados”.
Esta será a primeira das notas referentes ao último ano de curso de graduação. Pretendo
escrever minhas últimas impressões desse universo louco e contraditório que é a
Universidade partindo sempre da minha percepção. Não deixe de ler as Notas de um calouro 2010. Ali
narrei minhas primeiras impressões da Universidade quando ainda calouro do
curso de Geografia da UFPA.
(Nota referente ao mês 01 do ano
de 2014. Último ano de graduação do curso de Geografia da Universidade Federal
do Pará.)
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