sexta-feira, 23 de abril de 2021

Ortoépia e Prosódia no dia a dia


No dia a dia, é comum observarmos que muitas pessoas se confundem ao empregar certos termos da língua. A ortoépia trata da pronúncia correta das palavras enquanto a prosódia trata da correta acentuação tônica das palavras. Essas duas palavras são estranhas e confundem bastante os estudantes na hora da avaliação. No entanto, vamos verificar como a ortoépia e prosódia estão presentes no nosso linguajar diário.

ortoépia trata da pronúncia correta das palavras, então quando as palavras são pronunciadas incorretamente, comete-se cacoépia. Digamos que ao invés de você pronunciar a palavra estupro, você pronuncie “estrupo”.  Cometeu-se uma cacoépia, ou seja, um erro de pronúncia de uma palavra.

Outros exemplos:

– “adevogado” em vez de advogado.
– “estrupo” em vez de estupro.
– “cardeneta” em vez de caderneta.
– “peneu” em vez de pneu.
– “abóbra” em vez de abóbora.
– “prostar” em vez de prostrar.

A prosódia trata da correta acentuação tônica das palavras. Cometer erro de prosódia é transformar uma palavra paroxítona em oxítona, ou uma proparoxítona em paroxítona etc. Veja os exemplos a seguir. Esses erros são muito comuns em redação.

– “rúbrica” em vez de rubrica.
– “sútil” em vez de sutil.
– “côndor” em vez de condor.

Como vocês perceberam a Ortoépia e Prosódia estão bastante presente no dia a dia.

Fonte: https://curiosidadesinteressantes.com.br/ortoepia-e-prosodia-no-dia-a-dia/

sábado, 20 de outubro de 2018

Conheça a Editora Itacaiúnas



A Editora Itacaiúnas, fundada no ano de 2014, é voltada principalmente para publicação de livros, prestação de serviços editoriais e gráficos. Nosso foco editorial prioriza publicações de autores que tenham como base teórica uma abordagem interdisciplinar, voltada para as questões das áreas das ciências humanas, tecnológicas e ambientais. 
Missão
Prestar serviços e oferecer produtos destinados a atender às demandas de seus clientes com qualidade, comprometimento, respeito, confiabilidade e agilidade para sanar dúvidas. Além de promover eventos que valorizem a cultura e a arte nacional através de seletivas e concursos para compor a publicação de títulos inéditos.
VisãoSer uma opção viável, inovadora e acessível a todas as pessoas que desejam publicar, divulgar e comercializar os seus trabalhos acadêmicos, literários, técnicos e etc com suporte impresso e/ou virtual.
ValoresCompromisso, ética, dedicação, confiabilidade, inovação e respeito.
Conselho editorial
Contamos com Conselho Editorial formado por doutores e mestres atuantes em diferentes Instituições de Ensino Superior do Brasil e do mundo.
Sobre a palavra/ nome itacaiúnas
Itacaiúnas é um rio brasileiro, que nasce no estado do Pará na Serra da Seringa no município de Água Azul do Norte, e é formado pela junção de dois rios, o Rio da Água Preta e o Rio Azul. Desemboca na margem esquerda do Rio Tocantins, na sede da cidade de Marabá.


Para conhecer nosso trabalho basta acessar:
http://www.editoraitacaiunas.com.br


quarta-feira, 7 de dezembro de 2016

Talvez tudo isso seja sobre ir em frente até não poder mais...




A noite gira devaneios obtusos em espirais nicotinadas.
O meu copo se recusa a esvaziar nessas idas e vindas de recordações fragmentadas.
É retrocedendo que se avança com saltos e piruetas espiraladas.
O mesmo caminho que vai  não é o mesmo que volta.
O que vai sempre retornará, mas sempre retornará diferente.
O que foi, o que é e o que ainda será são faces de uma mesma moeda que gira no vácuo,
Infinitamente, duas faces mescladas pela velocidade centrípeta.
Quem nós somos de fato? Um amontoado de antecedentes, cravados de incertos posteriores inefáveis. Queremos e achamos ser mais do que realmente somos. E o que somos? E que diferença isso faz?
Talvez tudo isso seja sobre ir em frente até não poder mais...

(Walter Rodrigues)

sexta-feira, 1 de abril de 2016

Era mais uma daquelas tarde de chuva na cidade



Era mais uma daquelas tardes de chuva na cidade. O trânsito intenso e lento fazia com que as horas em contra gotas passassem. Tudo era uma mescla de apatia e resignação. Os ônibus passando lotado para os municípios de entorno a Belém. Seguíamos para Ananindeua, Marituba, Santa Bárbara, Benevides, Benfica... Era assim cotidianamente na Região Metropolitana de Belém. Um vai-e-vem enfadonho e banalizado.  Restava-nos olhar pela janela ou nos espremermos entre bundas, pernas e sovacos fedorentos nos ônibus lotados e abafados.  O olhar das pessoas era um deserto profundo de solidão, cansaço e conformidade. Havia apenas um desejo latente: chegar em casa.
Foi quando um senhor de meia idade sentou-se ao meu lado. Eu havia conseguido a sorte grande de pegar um ônibus quase vazio.
- Vou sentar aqui do seu lado, mas não vou incomodar seus estudos – falou-me o senhor sentando-se e arrumando suas sacolas de compras entre suas pernas.
Assenti com a cabeça e continuei rabiscando um texto que jamais conseguiria finalizar ali.
- Posso te fazer uma pergunta? – virou-se para o meu lado o senhor com gestos imperativos.
Novamente assenti com a cabeça e tentei batalhar mais algumas palavras no meu caderno de anotação.
- Acho isso que está acontecendo muito injusto! – enfatizava ele com profundo sentimento na entonação de sua voz arrastada. Ali comecei acreditar que aquele autêntico senhor estava um tanto quanto embriagado.  
Fechei meu caderno e olhei para ele com profunda compaixão e interesse na sua dor pessoal. Eu ainda continuava a ser uma maldita esponja de sentimentos alheios.
- Depois de tudo que o presidente Lula fez e toda essa coisa que tão falando dele ai. Não é justo. Minha filha vai se forma em Geologia esse ano e viajou pra fora do país graças ao governo dele. Nunca um filho de pobre teve essa chance que teve agora... Não é justo!
Ele realmente estava muito abalado com o cenário político do Brasil naquele momento. E tinha na figura do governo algo bastante positivo, paternalista e sua insatisfação era muito grande.
- Eu sou operário, ganho menos de um salário por mês – continuou ele agora aos berros – e mesmo assim minha filha vai se forma! O Fernando Henrique que é estudado não é chamado pra dar palestras na Europa, mas o Lula que é um quase analfabeto é convidado pelas melhores universidades do mundo pra falar. Isso que é a raiva deles! Isso que eles não engolem!
A situação era bastante inusitada. Meu caderno já estava fechado fazia alguns minutos. Eu sabia que ele não pararia de falar.
Apanhar esses ônibus que vem da Universidade Federal é bastante complicado. As pessoas pensam que porque estamos com o caderno aberto ou com um livro aberto ou com mochila somos um acadêmico de merda.  E o pior é quando passamos a viagem inteira ouvindo estudantes empolgados a falar rasteiramente o que leram em suas apostilas tiradas na cópia como se fossem coisas mais importantes do mundo e fruto de um intenso estudo sobre.
- Qual é o seu nome, rapaz – perguntou-me ele.
No que eu rapidamente respondi: - Álvares, senhor...
- Pois bem, Álvares. Você não concorda comigo? – fuzilou-me ele com essa pergunta e com o seu olhar bastante vidrado e cheio de certezas absolutas sobre o que falava.
Apenas olhei para ele e baixei a cabeça. Eu odiava todo o sistema político nacional e acreditava que somente uma radical estruturação desse sistema de governar poderia de fato dar em alguma mudança. Mas naquele momento eu só queria escrever sobre a lógica realista descritas pelas putas do centro da cidade de Belém e sobre a calmaria que é beber uma gelada às margens da Baía do Guajará na orla do Ver-o-Peso às 5:30 horas da tarde.
- Você nem parece que é da Universidade! – esbravejou ele – Não sabe discuti política! Qual é o seu problema, rapaz? Que olhar triste é esse? Você não é um derrotado.
- Acho que eu não estou em uma competição. Eu não busco ganhar algo, ser um vencedor na vida. Deixo isso para os outros. O senhor não acha que tem gente demais querendo vencer na vida?
- Você faz que curso na Universidade?
- Nenhum. Não confio no conhecimento universitário. Pois tudo que forma, forma alguma coisa num molde. Definir o que as pessoas são é nojento, injusto e imoral. Eu me recuso ser rotulado como produto e vendido no mercado de trabalho como peça para alavancar todo esse sistema podre que estamos vivendo hoje.
- Você não diz coisa com coisa. Eu até que tava meio que porre, mas já até fiquei bom. Você, Álvares, precisa de umas boas doses de cachaça e principalmente de uma boa trepada com uma boa boceta. Vou descer aqui antes que eu dei um pau nessa tua cara de lua cheia, seu doido.

E assim aquele nobre senhor desceu o coletivo sem olhar pra trás. Suas palavras finais mexeram comigo e eu só pensava seriamente que talvez eu estivesse realmente precisando de uma boa trepada...

(Walter Rodrigues)

sexta-feira, 11 de dezembro de 2015

Crônica de uma tarde sóbria

Falávamos de nossas aventuras memoráveis, de porres homéricos, das inúmeras vezes em que vimos a cara da morte e de quanto ela era viva.
Falávamos também das incontáveis vezes que íamos procurar empregos. De como era foda a vida de trabalhador assalariado.
Ríamos bastante de cada lembranças nostálgicas que eram nossas aventuras quixotescas. Enquanto a garrafa de refrigerante ia pelo final.

Victor então falou-me:

- Foram tempos inesquecíveis que nunca mais vão voltar...

Enquanto ouvia eu enxugava as lágrimas dos risos, olhando os raios de sol sumindo por detrás das nuvens daquele final de tarde sóbria.

sexta-feira, 13 de novembro de 2015

A IMPORTÂNCIA DO REGISTRO ISBN PARA O SEU MAPA


Criado em 1967 por editores ingleses, o sistema passou a ser amplamente empregado, tanto pelos comerciantes de livros quanto pelas bibliotecas, até ser oficializado, em 1972, como norma internacional pela International Organization for Standartization – ISO 2108 – 1972.
O ISBN – International Standard Book Number – é um sistema internacional padronizado que identifica numericamente os livros segundo o título, o autor, o país, a editora, individualizando-os inclusive por edição.
O sistema também é utilizado para identificar mapas desde que informado sua escala. Assim como para o registro de software, o sistema numérico atribuído aos mapas é convertido em código de barras, o que elimina barreiras linguísticas e facilita a circulação e comercialização dos produtos.
E qual importância dessa identificação para os mapas que eu possa vim publicar em revistas, livros (eletrônicos e/ou impressos), T.C.C. e etc?
Uma vez fixada a identificação de seu produto cartográfico, ela só se aplica àquela obra e edição, não se repetindo jamais em outra. A versatilidade deste sistema de registro facilita a interconexão de arquivos e a recuperação e transmissão de dados em sistemas automatizados, razão pela qual é adotado internacionalmente. O ISBN simplifica a busca e a atualização bibliográfica, concorrendo para a integração cultural entre os povos.
O que podemos fazer para elaborar e registrar os seus mapas?
Somos uma empresa com casa editorial consolidada e registrada na Agência Brasileira do ISBN através do prefixo editorial 68154 atrelado a Editora Itacaiúnas. Nossa equipe é formada por geógrafos bacharéis e especialistas na área das geotecnologias. Nossa Divisão de Projetos Cartográficos conta ainda com a presença de um conselho editorial constituído por professores, doutores e mestres de Instituições de Ensino Superior Federal e Estaduais.

PROPOSTA (A) – Nós elaboramos seus mapas temáticos com registro ISBN e código de barras tendo VOCÊ como autor do projeto cartográfico junto a Agência Brasileira do ISBN. 
PROPOSTA (B) – Você já tem seus mapas prontos, mas gostaria de registrá-los com ISBN? Sim. Nós também realizamos esse serviço. 
Ganhe visibilidade e direitos autorais com o seu mapa temático.
Seu mapa será publicado pela nossa casa editorial, e caso você deseje, o seu projeto cartográfico poderá estar disponível em nossa loja virtual para venda como produto digital.  Com a segurança e identificação internacional proporcionada pelo International Standard Book Number – ISBN.  Você ganha até 90% sob as vendas concretizadas em nossa loja.
Entre em contato conosco e assegure o registro internacional de seus mapas temáticos através de nossos serviços.

Conheça essa novidade clicando aqui!

sexta-feira, 9 de outubro de 2015

E como está sua mente?



A propulsão das turbinas de minha maldita necessidade insana pelo intransponível recai sobre desígnios frustrados de sonhos pré-moldados e alicerçados na areia.
Versos sem métrica, sem rimas e sem poesia.
Vida ligeiramente disforme adquirindo forma rapidamente.
Para onde avançar em terrenos hostis? Fica a necessidade do voo.
- E como está sua mente? – perguntou-me Daniel.
- Tranquila – respondi.
O que o resto da humanidade está fazendo agora?  Provavelmente muita merda em todos os sentidos.
 A escrita jorra de uma rocha ferida pelo um cajado de um profeta que anuncia novos tempos sobre a face da terra. 
Para onde correr quando todos os caminhos insistentemente nos levam para o mesmo lugar?
Fica a necessidade do voo.
- E como está sua mente? – perguntou-me Daniel.
- Tranquila – respondi.

(Walter Rodrigues)

Imagem: Pixabay

domingo, 19 de abril de 2015

Literatura vira metódo de defesa de indígenas com destaque no mercado



Vanessa Aquino - Correio Braziliense

Mesmo com ameaças, a cultura dos povos indígenas brasileiros resiste também em forma de literatura. As histórias passadas de geração para geração, antes por meio da linguagem oral, agora são registradas por antropólogos e pelos próprios membros de diferentes etnias, que adotaram a escrita como importante meio de apresentar ao mundo a riqueza de mitos e tradições dos povos indígenas.
Entre os nomes mais famosos estão Daniel Mundukuru, Davi Kopenawa, Ailton Krenak, Carlos Tiago Haki’y, Eliane Potiguar, Ely Macuxi, Cristino Wapixana, Rony Wasiry Guará e Elias Yaguakãg. Alguns desses escritores se destacam no mercado editorial e são presença constante em feiras do livro pelo mundo, como aconteceu no Salão do Livro de Paris deste ano, quando o Brasil foi homenageado.
Daniel Munduruku, escritor indígena com 45 livros publicados, esteve no Salão de Paris e costuma ser presença garantida na maioria dos eventos do gênero, quando se discute cultura e literatura indígena em mesas e palestras. Nascido em uma pequena aldeia da etnia Munduruku — perto de Belém —, Daniel escreve livros voltados principalmente para as crianças. É um dos poucos nativos da geração que aprendeu a ler e usa a literatura para dar aos povos indígenas o seu lugar na história do Brasil e para lutar contra o preconceito do qual ainda são vítimas hoje.
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Fonte: Correio Braziliense
Foto: Walter Rodrigues